Bule Voador » Escreva por direitos: suas palavras podem salvar vidas (evento 15/12)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

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Este evento está no Facebook.
Fonte: Anistia Internacional
Tradução: Jeruza Neyeloff
Quando? Quinta-feira, dia 15 de dezembro de 2011, às 20:30hOnde? Santíssimo Bar & Bistrô.
Av. Sarmento Leite, 888. 
Cidade Baixa. Porto Alegre – RS
Suas palavras podem ser a luz que expõe os cantos escuros da câmara de tortura. Elas podem levar energia a um defensor dos direitos humanos cuja vida está em perigo. Elas podem inflamar a esperança em um prisioneiro esquecido.

Jenni Williams
Maratona Escreva por Direitos, da Anistia Internacional, é o maior evento de direitos humanos do mundo. Centenas de milhares de pessoas se unem e, através de cartas, tomam ações para exigir que os direitos humanos dos indivíduos sejam respeitados, protegidos e cumpridos.
“Estou viva hoje, depois de 34 prisões, porque membros da Anistia Internacional lutaram por mim” – Jenni Williams, defensora dos direitos humanos no Zimbábue
Vamos mostrar solidariedade com aqueles que sofrem abusos de direitos humanos, e trabalhar para trazer mudanças positivas na vida das pessoas.
Basta escolher um caso e escrever uma carta: Você pode escrever às vitimas, mandando mensagens de apoio, ou aos responsáveis pela violação dos direitos humanos, denunciando seus atos.
A postagem internacional a partir de Porto Alegre, por exemplo, custa entre R$1,15 e R$1,38, dependendo do país de destino. No dia 15/12 estaremos recebendo cartas prontas, auxiliando na postagem, e também escrevendo novas cartas. Levaremos tudo no correio já no dia seguinte! Apareça, converse conosco, conheça mais pessoas interessadas na defesa dos direitos humanos.

Casos selecionados para o nosso evento*:

*A Anistia Internacional divide casos ao redor do mundo, para assegurar maior equilibrio na quantidade de cartas. Mas, se você quiser, pode escolher outros casos.

JABBAR SAVALAN

Azerbaijão – Ativista preso após comentar no Facebook

O estudante de História Jabbar Savalan está cumprindo uma pena de dois anos e meio de prisão no Azerbaijão em razão de suas atividades pacíficas que divergem do governo, tais como os comentários que ele postou em sua página no Facebook.
Militante do oposicionista Partido da Frente Popular do Azerbaijão, Jabbar Savalan foi preso depois de ter reproduzido no Facebook um artigo com críticas ao presidente azerbaijano Ilham Aliyev. O texto, que mencionava a corrupção e a compulsão por jogo do Presidente, havia sido publicado originalmente em um jornal turco.
No dia 4 de fevereiro de 2011, inspirado pelos protestos no Oriente Médio e no norte da África, Jabbar Savalan utilizou o Facebook para convocar “Um Dia de Revolta” em seu país. No dia seguinte, ele alertou sua família de que estava sendo seguido por homens desconhecidos. Na noite de 5 de fevereiro, Jabbar Savalan foi preso quando voltava para casa depois de um evento partidário em sua cidade natal, Sumgayit. Ele foi abordado e colocado dentro de uma viatura policial, sem nenhuma explicação e sem ser informado de seus direitos. Na época, ele tinha 19 anos.
Jabbar Savalan foi então interrogado por dois dias, sem acesso a um advogado. No dia 7 de fevereiro, quando, finalmente, pôde encontrar-se com seu advogado, ele contou-lhe que os policiais o haviam esbofeteado e ameaçado para que assinasse uma confissão.
A polícia alega ter encontrado 0,74 gramas de marijuana no bolso externo de sua jaqueta. Ele afirma que a droga foi plantada pela polícia. Os exames de sangue que ele realizou em seguida não apontaram nenhum traço de uso de marijuana. Seus amigos, família e colegas afirmaram à Anistia Internacional que ele não fazia uso de drogas.
No dia 4 de maio de 2011, Jabbar Savalan foi condenado por posse ilegal de entorpecente para uso pessoal. Foi- lhe imposta uma pena de dois anos e meio de prisão, que deverá terminar em agosto de 2013. A Anistia Internacional já documentou casos semelhantes em que a polícia teria supostamente encontrado drogas em posse de proeminentes críticos do governo do Azerbaijão, entre eles Eynulla Fatullayev e Sakit Zahidov, que foram sentenciados, respectivamente, a dois anos e meio e a três anos de prisão.
Saiba mais, fazendo o download de um PDF disponível no site da Anistia Internacional.

JEAN-CLAUDE ROGER MBEDE

Camarões – Preso pelo crime de “homossexualidade”

Jean-Claude Roger Mbede, um estudante de 31 anos, está cumprindo uma pena de três anos de prisão em Camarões simplesmente pelo que se acredita ser sua orientação sexual. Ele corre perigo de sofrer ataques e maus-tratos de natureza homofóbica.
No dia 2 de março de 2011, ele foi preso por agentes da Secretaria de Estado para a Defesa quando se encontrava com um conhecido. Antes do encontro, esse indivíduo havia mostrado aos policiais as mensagens de texto que recebera de Jean-Claude, informando-os que os dois iriam se encontrar.
Após sua prisão, Jean-Claude ficou detido sete dias antes de ser formalmente acusado de homossexualidade e de atentado homossexual, com base no artigo 347 bis do Código Penal Camaronês, segundo o qual “Qualquer pessoa que mantenha relações sexuais com pessoa do mesmo sexo deverá ser punida com uma pena de cinco meses a seis anos de prisão e uma multa de 20 mil a 200 mil francos (o equivalente a cerca de 65 a 650 reais). No dia 28 de abril, ele foi condenado e sentenciado a três anos de prisão.
Atualmente, ele está detido na penitenciária central de Kondengui, onde as condições são severas e os internos sofrem com a superlotação, a falta de saneamento e a péssima alimentação.
No dia 3 de maio, ele recorreu da sentença. No entanto, as autoridades judiciais não disponibilizaram uma cópia da decisão do tribunal ao seu advogado. Isso significa que não é possível impetrar recurso pleno e formal contra a condenação ou a sentença. Em Camarões, os julgamentos de recursos costumam demorar muitos anos; consequentemente, a maioria dos prisioneiros termina de cumprir sua pena antes que seu apelo seja julgado.
Saiba mais, fazendo o download de um PDF disponível no site da Anistia Internacional.

INÉS FERNÁNDEZ ORTEGA E VALENTINA ROSENDO CANTÚ

México – Indígenas estupradas por soldados de seu país

Inés Fernández Ortega e Valentina Rosendo Cantú foram estupradas por soldados mexicanos em 2002. Apesar de elas terem denunciado os ataques às autoridade e de terem acompanhado seus casos, nenhuma investigação substancial foi realizada e ninguém foi levado à Justiça.
Inés Fernández foi estuprada no dia 22 de março de 2002, quando três soldados invadiram sua casa no momento em que ela cozinhava para seus filhos. Inés foi atirada no chão e estuprada por um dos soldados enquanto os outros assistiam. Valentina Rosendo, na época com 17 anos, estava lavando roupas na beira de um rio quando os soldados se aproximaram. Ela foi ameaçada e estuprada por dois deles.
Inés Fernández e Valentina Rosendo são duas mulheres indígenas Me’phaa (Tlapaneca). No México, mulheres indígenas que são estupradas raramente prestam queixa, pois enfrentam obstáculos culturais, econômicos e sociais. Inés Fernández e Valentina Rosendo tiveram a coragem de denunciar a experiência dolorosa que sofreram e de acompanhar o andamento de seus casos em tribunais nacionais e internacionais.
Os investigadores militares tentaram desacreditar suas denúncias, colocando sobre as vítimas o ônus da prova. Ao mesmo tempo, seus casos receberam tratamento inadequado das instituições civis. Desde que fizeram a denúncia, as duas mulheres e suas famílias vêm sendo intimidadas. No dia 28 de agosto de 2010, a filha de Inés foi abordada por dois homens que ameaçaram sua família de morte caso não se mudassem da vizinhança.
Em agosto de 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos proferiu duas sentenças contra o México e ordenou a condução de uma investigação exaustiva por parte das autoridades civis, bem como a concessão das devidas reparações às duas mulheres e a realização de uma reforma no sistema de justiça militar.
Saiba mais, fazendo o download de um PDF disponível no site da Anistia Internacional.

MORADORES DE PORT HARCOURT

Nigéria – Despejamento forçado de comunidades

Na Nigéria, desde 2000, mais de dois milhões de pessoas já foram despejadas de suas casas. Outras centenas de milhares continuam em risco de perder suas moradias. Geralmente, os alvos dos despejos são as pessoas marginalizadas e os moradores de favelas, muitos dos quais já viviam há anos sem acesso à água potável, saneamento básico, assistência médica e educação adequadas.
Em alguns casos, as forças de segurança empregaram força excessiva para reprimir quem protestava contra os planos de demolição. No dia 12 de outubro de 2009, 12 manifestantes foram baleados pela polícia na área de Bunto, próximo ao rio, em Port Harcourt, estado de Rivers, quando participavam de uma manifestação pacífica contra a demolição de suas casas.
No dia 28 de agosto de 2009, a demolição do assentamento informal de Njemanze, às margens do rio em Port Harcourt, deixou milhares de homens, mulheres e crianças desabrigados. Os residentes não tiveram nenhum tipo de consulta prévia genuína, e também não receberam qualquer aviso adequado, nem acomodações alternativas ou algum tipo de recurso judicial, embora tais providências sejam requeridas pelas normas internacionais de direitos humanos.
Njemanze é apenas um dos mais de 40 assentamentos localizados à beira do rio em Port Harcourt. Ali, mais de 200 mil pessoas correm o risco de serem despejadas se as autoridades prosseguirem com os planos de demolir todos os demais assentamentos à beira do rio sem antes implementarem as devidas garantias em termos de direitos humanos.
O governo do estado de Rivers alega que tais demolições são necessárias para que um novo programa de renovação urbana possa ser posto em prática. No entanto, o projeto de reordenamento urbano foi planejado sem que as comunidades afetadas fossem consultadas.
De acordo com o direito internacional, a Nigéria deve assegurar a realização do direito à moradia adequada e o Estado deve tanto impedir os despejos forçados quanto abster-se de executá-los. As pessoas que residem nos assentamentos próximos ao rio têm o direito de serem consultadas e de participarem do planejamento de estratégias e programas habitacionais.
Saiba mais, fazendo o download de um PDF disponível no site da Anistia Internacional.

MULHERES DO ZIMBÁBUE LEVANTEM (WOZA)

Zimbábue – Ativistas sob risco

Desde fevereiro de 2003, integrantes da organização Mulheres do Zimbábue Levantem (WOZA, na sigla em inglês), que atua na defesa dos direitos das mulheres, têm sido presas, repetidamente, sempre que participam de manifestações pacíficas de protesto pela situação social, econômica e de direitos humanos do Zimbábue. Muitas foram presas arbitrariamente e detidas em péssimas condições. Como punição pelo seu ativismo, muitas delas foram submetidas a torturas e outros maus-tratos sob custódia policial, sendo impedidas de ter acesso a tratamento médico, comida e advogados.
No dia 10 de maio de 2011, cerca de 40 integrantes da WOZA foram espancadas pela polícia de choque durante um protesto contra os serviços precários e as contas de luz exorbitantes da Empresa de Transmissão e Distribuição de Eletricidade do Zimbábue (ZETDC). Os espancamentos aconteceram depois que cerca de 2.000 integrantes da WOZA realizaram uma marcha pacífica até a sede da ZETDC a fim de entregar “cartões amarelos” como forma de protesto.
No dia 28 de fevereiro de 2011, sete integrantes da WOZA e de sua organização parceira Homens do Zimbábue Levantem (MOZA) foram presos em Bulawayo. Na Delegacia Central de Polícia, eles teriam sido torturados antes de serem libertados, depois de dois dias, mediante o pagamento de fiança e sob condição de que se apresentassem à polícia duas vezes por semana. Enquanto isso, em 1º de março, 14 ativistas da WOZA foram presas quando participavam de diversos encontros realizados em Bulawayo para discutir questões sociais. Elas foram soltas no mesmo dia sem qualquer acusação.
Em setembro de 2010, 83 ativistas da WOZA e da MOZA foram presas durante uma passeata em comemoração ao Dia Internacional da Paz em Harare. Em anos anteriores, as mulheres foram presas ao participarem de eventos comemorativos ao Dia dos Namorados e ao Dia Internacional da Mulher. Em 2005, na data das eleições parlamentares do Zimbábue, a polícia prendeu cerca de 260 mulheres, algumas das quais com seus bebês, por participarem de uma vigília de oração após as eleições. Algumas delas foram obrigadas a deitarem-se no chão e foram surradas nas nádegas pelos policiais. As mulheres e as crianças passaram a noite detidas em um pátio aberto, vigiadas por guardas armados, e tiveram que pagar uma multa para serem soltas.
O tratamento dispensado aos integrantes da WOZA e da MOZA é uma demonstração da intolerância do governo do Zimbábue às manifestações pacíficas que expressem críticas às políticas governamentais. Ademais, tais atitudes revelam o uso mal intencionado que se faz da lei, sobretudo quando se usa simultaneamente a Lei de Segurança e Ordem Pública e a Lei sobre Delitos Diversos com o fim de sustentar prisões e detenções arbitrárias, bem como de facilitar uma série de outras violações dos direitos humanos por parte da polícia.
Saiba mais, fazendo o download de um PDF disponível no site da Anistia Internacional.
Participe! Te esperamos nesta quinta-feira, dia 15 de dezembro de 2011, às 20:30 noSantíssimo Bar & Bistrô. Av. Sarmento Leite, 888. Cidade Baixa. Porto Alegre – RS. Veja ummapa.
Há outros lugares além de Porto Alegre no Brasil, aguarde detalhes.

Eco

terça-feira, 22 de novembro de 2011

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         Eco era uma ninfa de belíssima voz, mas que falava demais. Era também amiga de Afrodite, conta-se que o que ela mais gostava de fazer era observar o que se passava na floresta para depois contar tudo a Afrodite, principalmente os casos de amor. Certo dia estava comumente na floresta quando viu Zeus passar com algumas ninfas.
         Algum tempo depois viu Hera passando desconfiada, com razão, de que Zeus a estivesse traindo com as ninfas, para proteger suas amigas Eco passa a distrair a deusa com falas ininterruptas.
Em agradecimento Zeus concede a ninfa seu próprio anel e volta para o Olimpo, contudo quando Hera vê o anel no dedo de Eco percebe o ardil e então amaldiçoa a ninfa para que esta agora só possa repetir as últimas palavras que ouvir, assim a ninfa perdia seu maior dom, sua preciosa voz.
     

Hermafrodito

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

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           Filho de Afrodite e Hermes, cujos nomes originaram o seu, fora entregue pela mãe para ser criado pela ninfas da Floresta da Frígia, era um jovem de extrema beleza. Certa dia parou para descansar beira de um lago, na Cária, despertou então a atenção e o amor da ninfa que reinava sobre aquelas águas, Sálmacis.
           Sálmacis, encantadora tentou seduzi-lo, mas este não se deixou levar, a ninfa, persistente, tentou seduzi-lo de todas as maneiras possíveis sem obter nenhum resultado, triste e inconformada a ninfa finge desistência e fica a espreita cheia de desejo.
           Um dia Hermafrodito decide banhar-se, e então, despindo-se entra nas águas do lago, Sálmacis ao vê-lo no lago tenta uma nova investida, mas ao se ver rejeita, mais uma vez, agarra o jovem e pede aos deuses que seus corpos jamais se separem, estes concedem o pedido. O lago se agita e não importasse quanto Hermafrodito lutasse contra, uma força maior o comprimia contra Sálmacis, até que os corpos dos dois foi-se fundindo num único.
           E no momento que seus corpos se uniram a euforia que o tomou foi tão grande que declarou:
- Deuses, que todos aqueles que venham a se banhar neste lago, possam se tornar como eu, macho e fêmea em um só corpo.
           E desde então, os homens passaram a evitar mergulhar no lago com medo de perder sua virilidade.

           Em Metamorfoses, de Ovídio (43a.C.-17d.C), lê-se: 
“seus corpos são misturados e já não são dois, mas um único aspecto (...) já não são dois seres e, todavia, participam de uma única natureza; e sem que se possa dizer que é uma mulher nem uma criança, o aspecto não é nem de um, nem de outro, ao mesmo tempo em que é dos dois”. 
       
           Do nome desse deus, deriva-se o ter Hermafroditismo - pessoas que nascem com os dois sexos - e acredito pode-se associá-lo com as causas LGBTTIS.

Fonte: “Olimpo, a Saga dos Deuses”, Márcia Villas-Bôas.
             "Metamorfoses", Ovídio 
               http://mundodaslendasgregas.blogspot.com/2011/04/o-deus-contra-o-preconceito.html

         



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Pigmalião - os deuses e os homens trabalhando juntos.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

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          Diz o mito que Pigmalião era um escultor de Chipre, em algumas versões ele era também o rei, conta-se que Pigmalião era muito perfeccionista isso lhe rendia muito sucesso como escultor (a arte da época valorizava a perfeição exata), contudo isso lhe causou problemas sentimentais, tal perfeccionista que era via defeitos em todas as mulheres com as quais tentava se relacionar, sentindo-se deprimido com a realidade que lhe oprimia decidiu nunca se casar e isolou-se no trabalho que realizava com tamanha excelência.
         Mas como não era imune ao amor, resolveu entalhar uma mulher, uma mulher perfeita, assim com imensa habilidade ele esculpi a mulher de sonhos, tão linda era que ele acabou por se apaixonar pela estátua de marfim, passa a contemplá-la noite e dia, adorná-a com roupas, anéis em seus dedos e um colar de pérolas em seu pescoço, passa até mesmo a presenteá-la com o que havia de melhor a se oferecer.
         Acontecia em Palea uma grandioso festival à Afrodite. Após Pigmalião realizar suas partes nos cortejos, foi até o altar de sacrifícios, lá invocou Afrodite e cheio de amor pediu a ela que pudesse encontrar uma mulher igual a estátua pela qual se apaixonara.
         Compadecida com a situação em que se encontrava o jovem escultor, Afrodite decidi atender o pedido, então ao voltar para casa Pigmalião como se sempre põe-se a contemplar sua estátua até que surpreendentemente esta abre os olhos e o que era marfim torna-se pele e a estátua põe-se a andar, Pigmalião então a nomeia de Galateia, pois sua pele era branca como leite.
        Com a benção de Afrodite Pigmalião e Galateia se casaram, tiveram uma filha, Metarme, e um filho, Pafos.
       A mais antiga fonte do mito é uma obra de Filostéfano de Cirene (Séc III a.e.c), o relato mais conhecido no entanto se encontra na obra Metamorfoses, de Ovídio.

Afrodite, uma deusa de bem estar

sábado, 12 de fevereiro de 2011

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      Hoje (na celebração de Afrodite do Hellenion) eu decidi postar um texto que pensei naqueles momentos filosóficos (rsrs).
      As vezes, algumas coisas(alguns seriados de televisão, filmes e etc) passam-nos uma falsa imagem Afrodite, passam-nos uma deusa caprichosa que não se importaria muito com os mortais, o que é totalmente errado! Aqui espero quebrar um pouco essa imagem.
      
       
        Afrodite Philomeides (Amante do riso), acho eu que esse é um bom epíteto de introdução para mostrar como Afrodite é presente em nossas vidas a Amante do Riso, aqui eu costumo imaginá-la junto de Talia a musa da comédia, e Dionísio, as vezes geralmente a noite quando estou naquele dia 'sem graça' em que não aconteceu nada de emocionante eu sinto vontade de rir. Simplesmente rir, sem pensar num motivo para isso.
       Certa vez pensando nesse epíteto pensei naquelas nobre almas, geralmente palhaços e voluntários, que vão em hospitais onde as pessoas precisam ficar internadas constantemente, eu fiquei internado por dois dias ( e não quero repetir a experiência) e vi como é deprimente, imaginei como deve ser terrível você ficar lá por tempos, então essa almas boas vão até esses hospitais para levar alegria a essas pessoas, já diz o ditado "o melhor remédio é o riso". Eu consigo perfeitamente imaginar  esse cortejo, formado pelos palhaços, voluntários, Afrodite Philomeides,Tália e Dionísio, todos seguindo para levar alegria aos mais necessitados dela.
       Afrodite também é deusa de vingança, e então você pensa " a vingança é ruim", "não devemos nos vingar", mas tem aquelas vezes em que em que agente não se controla e só se sente bem de novo depois de no mínimo ser grosseiro com a pessoa que nos magoou.
Aphrodite
      Afrodite Ourânia, o amor platônico, para exemplificar gosto de pensar no primeiro amor (aposto que se lembrou de algo, afinal o primeiro amor nunca se esquece) Para várias meninas esse é o primeiro contato com a feminilidade e com a vaidade, para os meninos normalmente é aquele momento em que se força a voz para parecer mais grossa do que realmente é, e bem o primeiro contato com o amor é maravilhoso, acho que por isso nunca se esquece, normalmente o primeiro amor não é correspondido, mas eu acho isso bom, pois,  o primeiro amor geralmente acontece no inicio da adolescência é uma euforia desenfreada acho que se fosse correspondido isso não daria muito certo; Quando a rejeição acontece as pessoas ficam acabadas, não querem nem levantar da cama! Mas normalmente isso contribui muito para a maturidade.
      Afrodite Pandemos, o desejo, a atração física, aquele friozinho delicioso na barriga, é uma das minhas  sensações favoritas...
        Assim podemos ver que Afrodite está muito relacionada ao bem estar do ser humano em várias fases da vida, Por isso eu digo sempre que Afrodite uma deusa de Bem-Estar.
               




O Nascimento de Hefesto

domingo, 6 de fevereiro de 2011

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        Segundo algumas versões Hefesto é filho de Hera e de Zeus, segundo outras ele seria filho só de Hera, que após o nascimento de Athena (que nasceu "apenas" de Zeus, embora Têmis tenha feito sua parte... Rs) resolveu ter um filho sozinha, assim Hera gerou Hefesto, mas veio à acontecer algo que Hera não esperava.
       Quando a criança nasceu, não era a craturinha lindinha e fofa que Hera imaginava, Conta-nos Homero que Hefesto era um bebê feio e o pior de tudo, defeituoso, era cocho.
        Então Hera teve uma atitude que para nós nos dias de hoje pode parecer terrível e cruel, mas à época talvez não, Hera atirou o bebê do alto do Olimpo.
       Antes de julgarmos a atitude da deusa vamos avaliar um pouco os costumes da época;
       Primeiramente notemos que esse ato não era exatamente incomum, em Esparta por exemplo, que era uma cidade de guerreiros valorosos e onde se tinha bastante preparo para a guerra sempre que nascia um bebe que fosse defeituoso as mães independente de qualquer coisa DEVIAM se livrar dele, acreditava-se que era piedoso para com a criança, Se vivesse restaria apenas sofrimento a ela.
       Assim então vemos que Hera atirou em direção a Terra, conta-se que o menino caiu por um dia e uma noite inteiros!  e então caiu no mar onde foi recolhido pelas divindades marinhas Tétis e Eurínome que tiveram pena e cuidaram dele.
       Hefesto cresceu e diz-se que certo dia enquanto via uma explosão vulcânica decidiu trabalhar com a forja, aqui vemos algo curioso, Hefesto embora atirado ao mar e recolhido e criado por divindades marinhas não tornou-se um deus relacionado a agua mas sim ao fogo, elemento oposto, isto não é incomum na mitologia, vemos isso também com o nascimento de Afrodite que de uma situação de ódio e agressão entre pai e filho nasceu sendo deusa da beleza e do amor.
      Hefesto tornou-se homem valoroso e que amava o trabalho, confeccionava tudo que se podia fazer com o metal, e ainda ultrapassava os limites dos mortais fazendo itens inimagináveis.
Hefesto
     Assim sendo confeccionou para Tétis um belíssimo colar, e quando Tétis foi convidada a uma festa no Olimpo, não tardou a usá-lo.
     Hera por sua vez, adorou o colar e perguntou a Tétis quem em toda Terra podia fazer jóias tão belas, Tétis respondeu que era Hefesto, mas Hera não se lembrou dele;
     Hera queria muito conhecer o hábil trabalhador, por outro lado Hefesto não se esqueceu dela e então para se vingar confeccionou um belíssimo trono ornado de jóias e colocou nele um "brinde" correntes invisíveis e inquebráveis, e enviou para ela.
     Vendo o trono Hera ficou maravilhada e sentou-se jeitosamente nele; já era noite e os outros deuses já se recolhiam quando os gritos estrepitosos de Hera soaram por todo o céu.
      Todos os deuses correram até ela e viram-na sentada no trono gritando, estranharam a cena, pois, não viam corda alguma prendendo-a; Quando enfim a situação foi entendida vários deuses tentaram quebraras correntes sem nenhum êxito, então decidiram chamar Hefesto para libertá-la, para a tarefa Zeus escolheu Hermes que, todos acreditavam não tardaria a voltar com Hefesto, no entanto Hermes tentou de tudo mas Hefesto nem lhe deu atenção.
      Após a tentativa falha de Hermes Ares decidiu trazer Hefesto a força! com sua armadura de guerra foi cheio de ímpeto, mas ao chegar la Hefesto não quis vir e quando Ares tentou usar a força, Hefesto deu-lhe uma martelada na cabeça.
      Após a falha de Ares todos os olímpios ficaram desesperados, não imaginavam, como trariam Hefesto para libertar a mãe, até que Dionísio foi calmamente com seu séquito até a oficina de Hefesto, chegando, deu-lhe vinho, e todos dançaram, até que Hefesto bêbado foi conduzido ao Olimpo montado em um burro.
      Assim Hefesto libertou Hera e após isso os dois não tardaram a fazer as pazes.
    

Deméter e o Cultivo da Terra

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

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        Conta a mitologia que ao fim da Titanomaquia obviamente o mundo estava um caos (Deuses e Titãs lutando não deve ser algo exatamente controlado, RS) as vegetações estavam destruídas e os animais morrendo de fome. Então Zeus escolheu sua irmã Deméter para que tratasse da agricultura e "reajustasse" um pouco o mundo.
         Sábio foi Zeus ao tomar esta atitude, Deméter amava as árvores e queria que tudo estivesse sempre coberto de vegetação saudável.

          Conta-se também que nessa época os homens ainda eram nômades, não por opção, mas por falta de recursos, só podiam ficar num lugar enquanto houvesse boa caça e sobretudo enquanto as árvores estivessem frutificando, após isso mudavam-se.
          Deméter não gostava dessa situação, pois amava os homens (embora nessa época não fossem grande coisa). Diz-se que certa vez enquanto Deméter olhava penalizada os homens guerrearem por comida e moradia quando teve uma ideia repentina e maravilhosa, ensinaria aos homens como cultivar a terra! Assim eles poderiam se fixar e se civilizar!
         Deméter não tardou a começar o trabalho, no começo alguns homens zombaram dela acharam o ato de plantar algo engraçado e inútil, mas os mais sábios prestaram bastante atenção e algum tempo depois o que a deusa plantou foi crescendo e logo todos os homens entenderam a importância daquilo, e se dedicaram mais ao aprendizado.

        Assim, quando os homens passaram a plantar e puderam se afixar em uma terra as civilizações começaram a nascer, as guerras territoriais foram sumindo e homem se aproximando dos deuses.
         A obra de Deo (diminutivo grego de Deméter) aqui nesse mito é de extrema importância,pois, foi o primeiro passo para a civilidade que era uma das bases da cultura e religião grega, quando se pensa  nas civilizações geralmente pensa-se apenas em Atena, mas Deméter que sempre amou os homens,a  Terra e a vida, iniciou a obra, abrindo assim espaço para a Deusa sábia.