Eco

terça-feira, 22 de novembro de 2011

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         Eco era uma ninfa de belíssima voz, mas que falava demais. Era também amiga de Afrodite, conta-se que o que ela mais gostava de fazer era observar o que se passava na floresta para depois contar tudo a Afrodite, principalmente os casos de amor. Certo dia estava comumente na floresta quando viu Zeus passar com algumas ninfas.
         Algum tempo depois viu Hera passando desconfiada, com razão, de que Zeus a estivesse traindo com as ninfas, para proteger suas amigas Eco passa a distrair a deusa com falas ininterruptas.
Em agradecimento Zeus concede a ninfa seu próprio anel e volta para o Olimpo, contudo quando Hera vê o anel no dedo de Eco percebe o ardil e então amaldiçoa a ninfa para que esta agora só possa repetir as últimas palavras que ouvir, assim a ninfa perdia seu maior dom, sua preciosa voz.
     

Hermafrodito

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

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           Filho de Afrodite e Hermes, cujos nomes originaram o seu, fora entregue pela mãe para ser criado pela ninfas da Floresta da Frígia, era um jovem de extrema beleza. Certa dia parou para descansar beira de um lago, na Cária, despertou então a atenção e o amor da ninfa que reinava sobre aquelas águas, Sálmacis.
           Sálmacis, encantadora tentou seduzi-lo, mas este não se deixou levar, a ninfa, persistente, tentou seduzi-lo de todas as maneiras possíveis sem obter nenhum resultado, triste e inconformada a ninfa finge desistência e fica a espreita cheia de desejo.
           Um dia Hermafrodito decide banhar-se, e então, despindo-se entra nas águas do lago, Sálmacis ao vê-lo no lago tenta uma nova investida, mas ao se ver rejeita, mais uma vez, agarra o jovem e pede aos deuses que seus corpos jamais se separem, estes concedem o pedido. O lago se agita e não importasse quanto Hermafrodito lutasse contra, uma força maior o comprimia contra Sálmacis, até que os corpos dos dois foi-se fundindo num único.
           E no momento que seus corpos se uniram a euforia que o tomou foi tão grande que declarou:
- Deuses, que todos aqueles que venham a se banhar neste lago, possam se tornar como eu, macho e fêmea em um só corpo.
           E desde então, os homens passaram a evitar mergulhar no lago com medo de perder sua virilidade.

           Em Metamorfoses, de Ovídio (43a.C.-17d.C), lê-se: 
“seus corpos são misturados e já não são dois, mas um único aspecto (...) já não são dois seres e, todavia, participam de uma única natureza; e sem que se possa dizer que é uma mulher nem uma criança, o aspecto não é nem de um, nem de outro, ao mesmo tempo em que é dos dois”. 
       
           Do nome desse deus, deriva-se o ter Hermafroditismo - pessoas que nascem com os dois sexos - e acredito pode-se associá-lo com as causas LGBTTIS.

Fonte: “Olimpo, a Saga dos Deuses”, Márcia Villas-Bôas.
             "Metamorfoses", Ovídio 
               http://mundodaslendasgregas.blogspot.com/2011/04/o-deus-contra-o-preconceito.html

         



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Pigmalião - os deuses e os homens trabalhando juntos.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

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          Diz o mito que Pigmalião era um escultor de Chipre, em algumas versões ele era também o rei, conta-se que Pigmalião era muito perfeccionista isso lhe rendia muito sucesso como escultor (a arte da época valorizava a perfeição exata), contudo isso lhe causou problemas sentimentais, tal perfeccionista que era via defeitos em todas as mulheres com as quais tentava se relacionar, sentindo-se deprimido com a realidade que lhe oprimia decidiu nunca se casar e isolou-se no trabalho que realizava com tamanha excelência.
         Mas como não era imune ao amor, resolveu entalhar uma mulher, uma mulher perfeita, assim com imensa habilidade ele esculpi a mulher de sonhos, tão linda era que ele acabou por se apaixonar pela estátua de marfim, passa a contemplá-la noite e dia, adorná-a com roupas, anéis em seus dedos e um colar de pérolas em seu pescoço, passa até mesmo a presenteá-la com o que havia de melhor a se oferecer.
         Acontecia em Palea uma grandioso festival à Afrodite. Após Pigmalião realizar suas partes nos cortejos, foi até o altar de sacrifícios, lá invocou Afrodite e cheio de amor pediu a ela que pudesse encontrar uma mulher igual a estátua pela qual se apaixonara.
         Compadecida com a situação em que se encontrava o jovem escultor, Afrodite decidi atender o pedido, então ao voltar para casa Pigmalião como se sempre põe-se a contemplar sua estátua até que surpreendentemente esta abre os olhos e o que era marfim torna-se pele e a estátua põe-se a andar, Pigmalião então a nomeia de Galateia, pois sua pele era branca como leite.
        Com a benção de Afrodite Pigmalião e Galateia se casaram, tiveram uma filha, Metarme, e um filho, Pafos.
       A mais antiga fonte do mito é uma obra de Filostéfano de Cirene (Séc III a.e.c), o relato mais conhecido no entanto se encontra na obra Metamorfoses, de Ovídio.